Você pode odiar o som. Mas não se pode negar que esse francês esquisito transformou a música popular americana dos últimos três anos. É graças a David Guetta que o R&B, o hip hop e o pop dos EUA hoje viraram uma usina de reciclagem da cultura house/techno/trance dos últimos 25 anos. Até 50 Cent quer dançar de bracinho pra cima nos dias de hoje.
Como dizem nas agências publicitárias, ele é um case de sucesso. Como dizem nas baladas onde champanhe vem com fogos de artifício, ele é O CARA. David Guetta e sua camiseta “Fuck Me I’m Famous” personificam o espírito do mainstream eletrônico hoje.
É um mundo marketeiro, glamuroso, de grifes, celebridades e camarotes VIP. Sua capital é Las Vegas. No centro da mesa está Guetta, dando as as cartas do jogo.
Se ainda resta alguma dúvida do seu poder, o DJ quer acabar com elas no documentário Nothing But The Beat, lançado em setembro.
Como um irritante riff do Black Eyed Peas, o trailer bate na tecla da grandiosidade de Guetta do começo ao fim (logo abaixo). Pontuando a glorificação, nauseantes chavões de auto-ajuda como “Não posso me olhar no espelho se não tiver dado 100% de mim.”
“Por tantos anos, fomos os filhos bastardos da indústria. E, finalmente agora, todo mundo quer um disco dance”, diz o DJ David Morales, logo no começo do trailer.
Morales é pioneiro da house nova-iorquina. Na virada dos 80 para os 90, ele viveu um tempo onde “todo mundo queria um disco dance”. Remixou Michael Jackson, Mariah Carey e Janet Jackson.
Mas mesmo os maiores êxitos dessa época não se comparam ao domínio que Guetta tem hoje na indústria.
Veja o Documentário dele abaixo com duração mais de 1 hora.